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O impacto das tarifas de Trump para quem importa dos EUA: o que pequenas e médias empresas precisam entender agora

  • Foto do escritor: Luciana Batista Mariella
    Luciana Batista Mariella
  • 2 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de abr.


As novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos não impactam apenas exportadores. Para muitas empresas brasileiras, especialmente as pequenas e médias de caráter familiar, o alerta está em outro ponto da cadeia: as importações.


Com a sinalização de uma possível retaliação por parte do Brasil, é necessário entender como esse movimento pode afetar o dia a dia de quem importa insumos, máquinas, softwares, tecnologia embarcada ou serviços digitais de origem americana.


Este artigo traz uma análise objetiva, sob o ponto de vista jurídico-tributário, sobre os riscos e caminhos possíveis para atravessar esse cenário com mais segurança.


O que está em jogo?


O governo americano estabeleceu uma nova tarifação sobre produtos brasileiros. Em resposta, o Brasil cogita adotar tarifas equivalentes — o que pode impactar diretamente produtos e serviços importados dos EUA.


Para empresas que dependem de tecnologia internacional, essa resposta pode se traduzir em:

  • Aumento de custos de importação

  • Impacto na precificação final dos produtos ou serviços

  • Dificuldade de manter contratos internacionais nos moldes atuais

  • Pressão sobre as margens de lucro



Quem pode ser afetado?


O cenário atinge especialmente empresas que operam com:

  • Insumos industriais ou agrícolas importados

  • Máquinas, equipamentos e tecnologia embarcada

  • Softwares licenciados ou serviços digitais internacionais

  • Produtos acabados ou componentes essenciais para a produção local


Mesmo aquelas que não têm como atividade principal a importação podem ser afetadas indiretamente, ao dependerem de fornecedores impactados pelas tarifas.



O que fazer agora?


Diante desse contexto, algumas medidas podem ser decisivas para preservar a saúde financeira e tributária da empresa:

  1. Revisar o planejamento tributário de importações Avaliar a exposição atual da empresa a variações tarifárias e identificar oportunidades de neutralização de impacto por meio de créditos, compensações e ajustes contratuais.

  2. Estudar regimes aduaneiros especiais Instrumentos como Drawback, Recof e outros podem ser estratégicos para aliviar a carga tributária sobre produtos importados, especialmente em setores industriais.

  3. Reavaliar contratos internacionais É prudente revisar cláusulas de reajuste, prazos, câmbio e logística com parceiros americanos, buscando maior flexibilidade e proteção jurídica.

  4. Explorar alternativas logísticas e de fornecimento Diversificar origens de importação e buscar fornecedores em países fora do conflito tarifário pode ser uma solução viável a médio prazo.


Tarifas comerciais não são apenas decisões políticas de longo alcance. Elas têm reflexos reais, diretos e imediatos no caixa das empresas que importam para operar.


Para empresas de pequeno porte, que normalmente contam com estruturas mais enxutas, a chave é antecipação estratégica — com apoio jurídico e tributário especializado, sensibilidade de mercado e disposição para ajustes rápidos.


Veremos os próximos acontecimentos desta notícia com atenção redobrada.

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Mariella | Sociedade de Advogados

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